Páginas

sábado, 27 de novembro de 2010

Você já se apaixonou por uma estrela?

Ou por qualquer outra coisa que não pode ter? E que não deveria querer? E que não é certo? E que é errado? Ou que simplesmente não pode e ponto? Sem explicação, assim mesmo. Não pode. Você já? Já se apaixonou por uma estrela? E esperou que todos os dias fossem noites só pra vê-la brilhar? Implorando que a luz se perdesse logo para que ela pudesse se mostrar do jeito que nunca deveria deixar de ser? Você já? Desprezou a luz do sol? Se ofendeu com todas essas lâmpadas e velas de brilhos falsos? Preferiu ficar no escuro a se iluminar por qualquer outra faísca que fosse? E passou noites sem piscar os olhos só pra ver sua estrela piscar? Mas, mesmo assim, teve medo de que, se piscasse, se apagasse e não brilhasse mais? E já sentiu revolta e raiva por ter que esperar o dia ir pra poder ver aquela por quem você não sabe esperar? Você já pensou que todas as noites são pequenas demais? Todas elas juntas! Pequenas demais. Você já se apaixonou por uma estrela e por amá-la soube agüentar todas as claras horas que separam vocês? E já se perguntou como podia ter certeza de que aquela, justo aquela!, era a estrela certa? Era a sua estrela? E como fazia pra não perdê-la? E pra encontrá-la? E pra acreditar que ela brilhava pra você? Pra acreditar que, mesmo ao brilhar em outro céu, era por você que ela brilhava? E, dessa vez, como fez pra não deixar a Lua com ciúmes? Como fez pra ela não pensar... Bem, as coisas que qualquer um pensaria? E o que disse às outras estrelas? E o que fez com estas, outras menos afortunadas, para que não se atrevessem a, ao menos, tentar ofuscar a estrela que era tua? O que fez? O que disse aos terráqueos que não acreditaram no seu amor? Você não se importou com eles? Sabia que o foco era uma coisinha brilhante e que era esta que deveria ocupar seu tempo e toda atenção de suas palavras? Que era esta que já não ia se apagar? Sabia que muitas outras tinham se apagado e se convertido num abismo de escuridão? Mas que a sua...
Você já se apaixonou por uma estrela? Eu não.

Conversa de um.


Tinha pensado em algumas palavras. Palavras que eu não posso dizer. Não! São palavras que eu não devo pensar... O que eu faço? Calo e restrinjo minha sanção... À própria moral?
- Que moral? – Cutucou, sarcástico.
O que fazer então com todas aquelas palavras eu não sei. E se eu escondesse que a última coisa que eu pensei antes de dormir era que você é a última coisa que eu penso antes de dormir? E então se eu negar que todas as gotas confusas da chuva, não importa em que ritmo caiam, sempre, aos meus ouvidos, estão sussurrando seu nome, me ajudando a clamar por você? E então se eu fingir que minha memória olfativa suportaria esquecer a essência do perfume que é teu, ainda que senti-lo faça com que esse corpo beire a perda do controle que tanto aprecia beirar? Se eu fingir que não me inebria? Que me faria cair em sono profundo, se, na verdade, não me dispusesse a maior das disposições? E se ao invés de não dizer, não pensar, esconder, negar, fingir, eu realmente não sentir estas coisas imorais? Será que, no fim, isto seria amar menos você? Será que me confundiria em meu próprio personagem? Será que, em algum lugar de mim, não estaria eu mesma te amando como se tudo de mais livre fosse?
- Mas quantas perguntas... – Comentou num tom cansado para que eu não o obrigasse a responder.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Erros são tatuagens na pele da vida.

terça-feira, 13 de julho de 2010

See you later, Vitória.

Cheguei em casa com dores fortes de cabeça. E já sofrendo por uma saudade que ainda vai me assolar. Fomos até a casa da Vitória. Vimos os depoimentos de seus amigos, seus votos de felicidade. Acabamos nos emocionando. E eu, particularmente, já estava emocionada desde o início. Ficamos ali pelo fim da tarde e confesso que minha participação foi discreta, eu preferi apenas observar aquele ambiente armado da luz daquela garota, que logo iria partir e nos deixar por algum tempo. Vimos o vídeo pela segunda vez e pela segunda vez, ela disse que se arrepiou ao me ouvir. Fiquei contente em perceber que passei a mensagem que pretendi. Bom, o fato é que na hora da despedida final, mais uma vez, não me importei em deixar algumas lágrimas caírem. Okay. Não foram algumas lágrimas. Eu chorei razoavelmente.
O fato é que foi o último abraço e as últimas coisas que eu tive pra dizer pra você. Até a volta. Vitória, eu não sei se você vai ler isso aqui, viu. Mas você sabe como eu preciso externar algumas coisas. E eu estou tentando não externar as lágrimas, pelo menos, enquanto externo essas palavras.
Eu realmente fiz toda uma retrospectiva na minha cabeça. Poxa, Vi, quantas coisas eu consegui me lembrar. De quantas eu me dei conta. Lembro de acabar as aulas e ficar esperando com você. Das nossas conversas, você ali, sendo o apoio. Sempre destacando como me achava madura, por mais que sempre me chamasse de Pequena. Lembrei daquele aniversário meu, que passamos na sua casa, no meio da semana, fazendo um trabalho da escola... Das nossas brincadeiras que acabaram sendo meio de mau gosto e te fizeram ficar com medo, chorar. Enquanto eu estava bem, segura, com coragem. Com toda a coragem que eu sempre quis passar pra você. A fase emo que eu comentei no vídeo, então. Acho que até hoje você vê aquilo com um pouco dos olhos da época. Você sempre tão atenciosa, preocupada. E de um jeito tão singular. Que sempre soube ser os ouvidos que um amigo precisa e, ao mesmo tempo, a fala descontraída, a risada contagiante. Enfim, me lembrei de algumas coisas mais. Só que estas já são bem simbólicas pra mim.
Sua viagem já chegou. E não há dúvidas de quanto ela foi merecida. Hoje ao te ouvir falando das coisas que teve que passar na loja... Você vê sua força, Vitória? Sua determinação? Eu vejo. Todos nós vemos. Saiba que muitas dessas lágrimas que caíram são de felicidade. Costumo dizer para os meus amigos que a felicidade deles é muito minha. Vou sentir sua falta e já estou sofrendo por antecipação. Mas estou transbordando felicidade. Essa mesma felicidade que está aí em você.
Quando a saudade apertar, veja o vídeo, tente se lembrar dessas palavras. Mas, principalmente, viva os momentos de lá. Eu quero que você viva intensamente, na Austrália, cada minuto desse fuso horário que vai nos separar por um tempinho. Carpe Diem todos os dias! Eu não consegui dizer que te amo na hora do até logo. Mas é um fato. Eu amo você, Vitória. E de lá mesmo, se precisar de alguma força, lembra que a minha é toda sua! Boa viagem e já estou esperando você voltar.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A minha versão da mesma parte da história

O segundo dia 15 se aproximou e dessa vez eu tive que ser lembrada. E pensar que quem nos alertou o primeiro fui eu. Claro que naquela altura eu não sonhava em ouvir ‘Um mês de que?’. Mas não foi problema. Eu sei que você só estava me dando as dicas do jogo. O fato é que o primeiro 15 se passou e passou na presença unida de cada uma de nós. E, por fim, passou bem.
Mas deixemos o primeiro e o que houve depois dele e nos concentremos diretamente no segundo.
O dia começou numa tensão que foi despejada sobre mim. A tarde iniciou-se na tensão continuada e aumentada, como se não fosse bastante tê-la. Tensão por ouvir que naquela tarde tanta coisa podia voltar, determinar ou, simplesmente, se findar de uma vez por todas. Na verdade, a tensão só se completava no fato de ser algo importante que eu prezo, me preocupo e, agora que já passou, sei que quero alimentar da maneira mais saudável que puder. A tarde passou e de peripécia e espetáculo teve o que sempre tem. Foi lindo, inevitável e determinante - que era mesmo uma das possibilidades inerentes.
Desde cedo a Lua já dividia o céu com sol, mas é óbvio que em nenhum momento dividiu a minha atenção.
Eu cheguei tensa na faculdade, não passava o ar porque tinha pensamento demais atrapalhando. Antes de entrar no laboratório, eu olhei o ambiente, afinal, a tendência era a tensão e o que quer que fosse todo o resto continuarem me assolando. Eu entrei. E acho que dava pra desconfiar que eu não estava... Normal?
As aulas se iniciaram e eu comecei a falar do que tinha acontecido pela tarde. Você sentada na minha diagonal. Eu tinha a impressão de que, pelo menos, um pouco da sua atenção estava em mim, mesmo que com o fone e escrevendo – o que eu jurava que era o trabalho de filosofia. Eu continuei falando e, de repente, você passou como o vento e saiu da sala. Cogitei ir atrás de você. Mas falar o quê? Se você tinha ouvido algo incômodo não era nada que eu ia poder desmentir. Fiquei. Você voltou. As aulas terminaram e você me deu as chaves que já tinha oferecido anteriormente no começo da noite. Perguntei se podíamos ir abrir juntas. Você disse que não queria ver a minha reação ao pegar tudo que estava lá. Pedi pra subir com você, não dava pra quebrar o ritual, não é mesmo? Fomos.
Antes de sair do carro, coloquei a mão sobre o bolso. A chave estava lá. Você foi embora e eu voltei. Eu saí, desci as escadas e resolvi passar no banheiro antes de ir até o armário 13 verificar o que quer que fosse – Falta de pressa? Indiferença? Ou eu estava apenas me dando mais tempo? Mistério.
Fui em direção aos armários. Tive uma alta brusca na ansiedade quando vi que era um dos últimos. Abri.
Ali estava a rosa apoiada nas paredes do pequeno armário que nunca ousou cogitar guardar algo tão mais profundo que aqueles livros. Embaixo dela, a folha com a letra de Luíza escrita a mão; mas que era essa música eu só percebi depois. Eu tirei a bela flor e a carta, peguei a chave e entreguei à biblioteca. Não tinha colocado os olhos sobre o papel ainda.
Fui pelo canto do corredor, andando devagar pra ter tempo de ler. Aos poucos, mas de forma intensa, aquelas palavras iam me invadindo. A sala ia ficando cada vez mais próxima e as lágrimas mais também. Eu só percebi bem no fim do corredor que lia escorada nas paredes e que tinha começado a chorar. Aquele choro quieto de quem sente dor, de quem sente a tristeza chegar. Mas o fator predominante é que eu tinha ficado emocionada. Aquilo tinha sido lindo. Muito.
Quando as palavras da carta acabaram, eu já estava frente à porta da sala e num impulso entrei. Meus olhos molhados, a rosa e a carta na mão. Sentei. Ninguém perguntou como eu estava; não foi preciso e, certamente, faltou coragem. Cuidadosamente, coloquei a rosa embaixo da mesa, sobre aquelas grades frias. E o texto sobre a mesa. As palavras do professor batiam nos meus ouvidos e refletiam-se para fora. Eu peguei o celular, instintivamente pra ver as horas. Uma mensagem sua. Eu olhei para o texto. As lágrimas, desesperadas, queriam sair. Tinha acabado de sentar e já saía da sala de novo. Fui pra fora e comecei a responder você - E essa foi a mensagem que você viu você sabe quando.
Respirei o máximo de ar que pude. Busquei o máximo de tranqüilidade pra me acalmar. É que naquele dia tinha acontecido tanta coisa. Foi difícil lidar com tudo de uma só vez. Sem mencionar todas as outras acumuladas que surgiram empilhadas.
Voltei pra sala. A aula logo acabou. Ainda dei um tempo na faculdade, conversando e conseguindo rir. Voltei com a cabeça em todos os lugares. Fiz aquela atualização rotineira do caminho de volta pra casa. Outra mensagem. Um aviso: post novo pra ler.
Meu coração ficou tão apertado. Aconteceu tudo que eu disse, exatamente com as mesmas palavras, que não ia acontecer. A verdade é que, às vezes, nós pensamos que sabemos tudo sobre nós – Afinal, quem saberia então? – Mas não. Não é bem assim.
Meu dia terminou exatamente como eu disse que terminaria.

Não vou usar a expressão por um lado, porque eu estava perimetralmente feliz. Mas me dar conta de que alguns desfechos não tão confortáveis me tinham como fundamento não foi lá aquelas coisas.

A carta está guardada na minha caixa de lembranças. A rosa já murchou, mas ainda não perdeu a vida. Vou guardá-la com carinho, porque é exatamente o sentimento que eu nutro por você. Nós acabamos não terminando o seu jogo, mas não tem por que simplesmente entrar em casa. Por mais que já seja hora de começar a falar sério e tudo mais. Eu ia dizer que agora o jogo é diferente. Mas não tem mais jogo. Meu verdadeiro eu já empossou e impera como quase sempre foi.

Eu espero sinceramente que já não queira me matar dentro de você e me expulsar do seu coração – Keep in, lembra? Eu acredito fielmente que dá pra gente continuar bem. Você pode tanto contar comigo! Está só em nossas mãos fazer dessa a melhor fase, você pode acreditar que, com certeza, essa é a minha meta pra nós.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

You could be mine tonight ♫

No céu é uma tira, mas sozinha ocupa meu coração inteiro. Não é nada que eu não possa ter e ainda assim quer ser dona de meus devaneios. De fato, não a tenho. Mas como é que poderia ter lhe ainda mais? Será possível viver em sua órbita? Ou até mesmo residir em sua luminosidade? Teu solo imperfeito, moldado nos defeitos exatos pra me fazer te amar.
Insisto em procurá-la quando não está lá e, incansavelmente, imploro que me aceite quando não quer me deixar te olhar.

Sabe que não sou tão reles. Mas perto de você, argumentar o quê? Argumentar nada. Apenas suplicar que fique ao meu alcance. E nem precisa ser das mãos; pode ser dos meus olhos. Permita, vossa majestade de tudo que é belo, que em ti eu possa me perder. Mas me perder sem tirar os olhos do que for você, para que só assim eu possa aceitar esse labirinto sem término, tão impossível de negar, mas tão simples de sair. Será que pode subir ao topo a fim de que seja mais fácil te olhar?

Se não quer que eu te ame, por que permite que eu me fascine? E me aparece, a cada dia, mais bela – mesmo que no dia anterior eu tenha pensado que a partir dali já fosse impossível.
Que eu morra agora: continuará sendo minha. Porque isso se verifica na tua vivência e no teu perdurar. Na tua ousadia correta de poder brilhar sem mim. Já eu, meudeus!, em que nada me tornaria sem você? De certo que um nada tão pouco que não há o quê dele dizer.

- Menina, venha ver a Lua.
- Ela... – hesitou a pequena – está sorrindo?
- Sim, ela está. Sorrindo e, sem você notar, seduzindo você.
- E... Por quê?
- Sorrindo porque está seduzindo. E seduzindo porque outra coisa não saberia ser.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Do you wanna play a game?

“E não é que ela tem coração?” foi a primeira coisa que me passou pela cabeça assim que me despedi, contornei o carro e segui pela calçada. Aquele fato já havia sido confirmado anteriormente. E não que eu tenha desacreditado, mas em minha inocente perspectiva, coração e tal conduta não condiziam. Mal podia imaginar que justamente por ter um coração e, logo, usá-lo, desfrutar das mais variadas sensações e sentimentos é que aquela garota caminhava por aqueles caminhos. Caminhos de vários rumos e rumo nenhum.
E entender que o incomum nasce das mais comuns passagens da vida. Entender que um desfecho hoje pode desencadear um recomeço daqui uns... Cinco anos?
A gente nunca sabe quando é que o mundo vai dar a volta completa, e pra ser sincera, dá até pra duvidar que ele dê. Mas ele dá, viu. E mesmo você jurando que por perder daquela última vez, agora a chance só pode ser sua... Bem, talvez não seja bem assim.
Essas escolhas do coração não são fáceis de entender. Nós nunca sabemos se é hora do troco ou se ainda temos mais o que aprender. E aprender pra ensinar. Porque no amor, a gente ensina e aprende; um de cada vez e os dois ao mesmo tempo.
Você me ensinou um jogo diferente. E eu já ficando crente que dava pra ganhar. Eu não sei qual carta eu preciso, nem sei se a tenho. Números no dado eu também nem sonho. Só acreditei que eu tinha aprendido a jogar com você. E aí é que ficou a incerteza: eu aprendi mesmo.
Do seu próprio jogo, comigo você não quer brincar? E eu faço o que agora, se não souber voltar as casas? Não que esse entretenimento tenha sido feito pra mim e eu o adore. Mas já reparou como todo jogo que a gente começa a entender passa a ser o mais agradável e divertido?
As regras do seu jogo não me impedem de sair; na verdade, elas não me impedem de nada. A não ser de algumas bobagens como sentir. Mas que seja. Eu posso sair do seu jogo, se eu quiser. O que não significa que eu vá parar de brincar com você*. Tanto porque do meu a gente nunca brincou. Na minha cabeça, a gente só pára de brincar quando é hora de parar de brincar e entrar em casa. Ou de começar a falar sério. E, no máximo, quando a gente vira gente grande e não pode brincar mais. Bem, quando um desses acontecer é game over. - É GAME OVER?!
Ah!

Você está confuso ou não sabe como jogar nessa rodada. Não avance nenhuma casa ou desista do jogo agora mesmo.”


*Que esteja esclarecido que essa expressão não denota você como um brinquedo. E sim como a dona das mãos que escondem e jogam as cartas pra mim.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Mas

Todo o dia, me levanto sem saber (o que vou pensar)
Pra ser sincera, eu tenho medo, será que vou perder? As suas lembranças me perseguem. Pelos lugares, coisas me seguem (Não deixam me esquecer)

A liberdade me transborda. Estou feliz, dá pra notar.
Viver sem correntes, sem promessas. Ninguém pra me controlar.
Mas isso ta uma confusão, me dá até dor de cabeça,
São coisas do meu coração e talvez passe quando eu cresça.


Eu já não sei se quero amar. Vai que eu não saiba me envolver.
Só que nessa solidão, eu não sou ninguém.
Ter todo mundo e ser sozinho é o mesmo que sofrer. Esse dilema me atordoa.

Tantos pedidos, tantos amores. Algum deles tem que ganhar.
Mas s’é melhor ficar sozinha? Não estar com ninguém, ficar por ficar?
São tantos beijos em mim perdidos. Amanhã não vai ser lembrança.
Me sinto sem rumo, quem sou eu? Será que mereço sua confiança?
Eu já não sei se cansei ou senão há porquê lutar. Foi revogada a minha lei de ao amor eu me entregar.

REFRÃO

Todos os dias, tudo igual, finjo que não está lá. Do que adianta o que eu faço se estou a um passo de me anular?
Eu já nem preciso te estudar, tenho mais é que me entender.
Eu já enjoei de te amar ou aceitei te perder?

REFRÃO

-

Música que eu escrevi quarta, voltando da faculdade. Alterações e melodia pelo Tiago. Passamos muito tempo ensaiando. Está ficando super bonita. E será que dá pra perceber o quanto é pessoal? Que nada, tudo coisa do meu eu-lírico. Eu mesma não sinto nada do que está aí. Aliás, ultimamente, eu não sinto nada. Ser assentimental.
Tem tanta coisa na minha cabeça nesses tempos e, ao mesmo tempo, não tem nada. É estranho estar tão de bem com a vida e com infinitos pensamentos importantes na mente. Mas que bom que eu consigo. Poderia ser pior, então. Mas também eu não poderia falar, nem reclamar de nada. A minha vida é ótima!
Nós vamos gravar e se ficar audível :p, vou disseminar nosso single HAHA

♫♪

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Fascinação

Eu nunca precisei tão pouco e tanto de você.
Eu quase não tenho sofrido; mas, às vezes, parece impossível tentar te esquecer. Sinceramente, não o tento. Você dá um jeito de aparecer mesmo quando deveria estar em outro país... E agora, não que importe, mas é exatamente tudo que eu sempre quis.
A tua sedução teima em ser perfeita. E se mostra na paciência que tem em se revelar.
A solução é que mesmo quando só te espio meia face, para mim, já está claro o porquê de todo esse fascinar.
Passaria a noite toda olhando pra você, descobrindo mais detalhes onde já cansei de olhar. E, na verdade, só me dando mais desculpas, mais maneiras de eu me justificar.
Desde o crepúsculo até a não-esperada aurora, aprecio cada instante, cada brilho que vem de ti, cada tudo que é tão perfeito porque goza da tua hora.
E quanto tempo já tem esse fascínio? Confesso que, às vezes, cedo e digo te amar. Mas é que quando escurece, tudo se submete ao teu domínio e... Quem sou eu pra recusar?
As estrelas ainda te seguem, mas, quem dera!, jamais poderão te acompanhar. O teu brilho indecisão é o que te faz tão singular.
Mais majestosa ainda fica, quando sem estrelas, sozinha reina no breu.
Será que daí de cima ouve o coração que deseja ser teu?
Que a noite passe e meus olhos venham se incomodar.
Que o astro rei domine e deixe-se enganar.
Quem impera em sedução e absolutiza em si a perfeição é a dona desse tão incomparável LUAR.

DA MATA, Amanda.

Teu sorriso prende, inebria, entontece
És fascinação, amor

domingo, 11 de abril de 2010

Fim

s. m.
1. Termo, cabo, remate; conclusão.
2. Extremidade.
3. Morte.
4. Resultado.
5. Escopo, desígnio, alvo.
6. Lóg. Causa.
ao fim e ao cabo: afinal, no fim de contas.
em conclusão: para concluir.
no fim de contas: por último, finalmente.

[Finalmente?] Enfim.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Desfechos

[... E começos?]

Os sentimentos estão lá? Por que não se doem? Nem se manifestam.
“A que ponto chegamos?” – tento responder. Vou na contramão desta resposta. Mas isso porque apenas eu posso agüentar o que ela traz consigo. Peço estar errada. Peço estar em confusão e atordoada por ressentimento. Que seja isso. Seja isso sim!
Ao caminhar desenfreadamente sem rumo e sem pressa, sinto o perfume teu vir me provocar. Me invade o peito – E agora não sei se falo daquele outro que bate ou organicamente de meu pulmão.
Não é mais você o ar que eu respiro? Não quer ser mais aquilo pelo qual bate meu coração?
Fui eu? Foi você. Lutei contra mim, por você. Advoguei em teu nome até me condenar. Então por que hoje se substitui a pessoa que personifica meu ar?
Me ama no peito? Sente, em você, a inundação deste belo sentimento? Então por que não tem jeito? Mesmo depois de passado tanto tempo.
Presumi ter ensinado parte daquilo que julgo ser amor. “Mas amor não se ensina” – Isso, em minha cabeça, é que eu deveria por.
Tenho sono. É cansaço? É enjôo? O que é mal cansa. O que é bom enjoa. O contrário de ambos também vai acontecer e não importará o quanto doa.
Quando a árvore de decisões parar de crescer será tarde demais. Dali virão apenas frutos – conseqüências. A vontade mais profunda pede que os caminhos se traduzam em paz. Que tudo que cair dali alimente e dê a medida exata da satisfação. Ironia: pedido tão simples que não se realiza nem à base de oração.
Perdão, meu deus, comi da árvore proibida – das decisões. Soube amar, mas não soube ser amada – Não daquela maneira. E vejo que os galhos – ou decisões, se preferir - foram configurando um desfecho. Me alimentei, egoísta, desta árvore. Os galhos agüentarão minhas medidas?
Árvore proibida. E gula... Pela própria árvore.
- Deus, vai me tirar do paraíso submundo do amor?! Ou só me flagelar de fome... De amor?
Minhas punições? Meus julgamentos tão inferiormente divinos? Que a sanção escolhida seja a que for. Insisto em não arrepender-me de ser leviana, pagã e mundana. Cada deslize foi em nome do amor. Que meu hedonismo não me abandone nem em morte. E que no vale das sombras eu caminhe sobre minhas próprias pernas, longe de precisar da fé que outros julgam ser sorte.


Sozinho - Caetano Veloso/ Olhos Certos - Detonautas/ Nada por mim - Kid Abelha

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Agonia.

Eu me tranquei no quarto e coloquei uma música que me lembra você.
Revirei suas lembranças, mesmo depois de todas eu abdicar.
Mas isso não é justo.
- Mais injusto ainda é não poder te amar.
Eu quis ter uma epifania. Encontrar um êxtase pra ter. Não sabia se de felicidade ou se era mais certo o de sofrer.

Eu não sei com que direito, te tomei tanto assim pra mim...
Porque agora é inevitável, penso mais em você do que nesse inacabado fim.

E agora quantas besteiras? Nossas vidas parecem correr.
Mas é incrível porque sinceramente sei me alegrar, mas ainda sei bem como é sofrer.

O mais irônico é que nada disso importa. Pela primeira vez desde que cedemos a essa ilusão, estamos mais distantes do que nunca; nem se quiséssemos e gritássemos, ouviríamos algum perdão.

Nós nos deixamos? Você parou de me amar? Responda!
Mas não me pergunte, vou falhar, porque agora eu só sei não saber.

Te juro que acho engraçado a maneira como não me foco em você quando estou acordada, mas é só fechar os olhos que meu inconsciente vem me pregar essa armadilha premeditada. Mas é claro que meu cérebro me vence, oras, se me vence meu próprio coração. O problema não é o problema, o problema é não ver a solução.

Confesso também que desconheço suas decisões. Admito que até fiquei feliz quando soube que não se desfez de certa lembrança minha. Mas eu não sou boba. Você vai agüentar tudo isso sozinha.

Revirei de novo tua vida, e vi algo que da última vez espancou-me de ciúmes. Eu li de novo. Encarei o nome. Encarei sem medo, desta vez, aquele nome que um dia foi faísca para uma combustão de ciúme. Então parei. Fitei meu próprio interior agora. E aquele ciúme? Foi embora. Alívio? Satisfação? Prazer? Inconformidade? Incompreensão? Não, nenhum desses. Só aquela agonia do começo. Perdão, minto. Agonia do começo não. Agonia de sempre.


DA MATA, amanda.