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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Erros são tatuagens na pele da vida.

terça-feira, 13 de julho de 2010

See you later, Vitória.

Cheguei em casa com dores fortes de cabeça. E já sofrendo por uma saudade que ainda vai me assolar. Fomos até a casa da Vitória. Vimos os depoimentos de seus amigos, seus votos de felicidade. Acabamos nos emocionando. E eu, particularmente, já estava emocionada desde o início. Ficamos ali pelo fim da tarde e confesso que minha participação foi discreta, eu preferi apenas observar aquele ambiente armado da luz daquela garota, que logo iria partir e nos deixar por algum tempo. Vimos o vídeo pela segunda vez e pela segunda vez, ela disse que se arrepiou ao me ouvir. Fiquei contente em perceber que passei a mensagem que pretendi. Bom, o fato é que na hora da despedida final, mais uma vez, não me importei em deixar algumas lágrimas caírem. Okay. Não foram algumas lágrimas. Eu chorei razoavelmente.
O fato é que foi o último abraço e as últimas coisas que eu tive pra dizer pra você. Até a volta. Vitória, eu não sei se você vai ler isso aqui, viu. Mas você sabe como eu preciso externar algumas coisas. E eu estou tentando não externar as lágrimas, pelo menos, enquanto externo essas palavras.
Eu realmente fiz toda uma retrospectiva na minha cabeça. Poxa, Vi, quantas coisas eu consegui me lembrar. De quantas eu me dei conta. Lembro de acabar as aulas e ficar esperando com você. Das nossas conversas, você ali, sendo o apoio. Sempre destacando como me achava madura, por mais que sempre me chamasse de Pequena. Lembrei daquele aniversário meu, que passamos na sua casa, no meio da semana, fazendo um trabalho da escola... Das nossas brincadeiras que acabaram sendo meio de mau gosto e te fizeram ficar com medo, chorar. Enquanto eu estava bem, segura, com coragem. Com toda a coragem que eu sempre quis passar pra você. A fase emo que eu comentei no vídeo, então. Acho que até hoje você vê aquilo com um pouco dos olhos da época. Você sempre tão atenciosa, preocupada. E de um jeito tão singular. Que sempre soube ser os ouvidos que um amigo precisa e, ao mesmo tempo, a fala descontraída, a risada contagiante. Enfim, me lembrei de algumas coisas mais. Só que estas já são bem simbólicas pra mim.
Sua viagem já chegou. E não há dúvidas de quanto ela foi merecida. Hoje ao te ouvir falando das coisas que teve que passar na loja... Você vê sua força, Vitória? Sua determinação? Eu vejo. Todos nós vemos. Saiba que muitas dessas lágrimas que caíram são de felicidade. Costumo dizer para os meus amigos que a felicidade deles é muito minha. Vou sentir sua falta e já estou sofrendo por antecipação. Mas estou transbordando felicidade. Essa mesma felicidade que está aí em você.
Quando a saudade apertar, veja o vídeo, tente se lembrar dessas palavras. Mas, principalmente, viva os momentos de lá. Eu quero que você viva intensamente, na Austrália, cada minuto desse fuso horário que vai nos separar por um tempinho. Carpe Diem todos os dias! Eu não consegui dizer que te amo na hora do até logo. Mas é um fato. Eu amo você, Vitória. E de lá mesmo, se precisar de alguma força, lembra que a minha é toda sua! Boa viagem e já estou esperando você voltar.