A gente sempre pensa que amar é muito bom e que ser amado é a sensação mais gostosa da vida.
Vou direto ao ponto: ser amado é difícil pra caralho. E amar é muito foda. Não é fácil receber as manifestações de amor do outro. Manifestações que não necessariamente vão corresponder às suas. Talvez correspondam, inclusive, e muitas vezes, ao seu conceito de anti-amor. Pensar isso é bizarro.
Amar também não é nada fácil. Não é tarefa simples a de destilar o amor do sentimento de posse. Do comodismo, do hábito. Não é nem um pouquinho fácil amar repetidamente alguém que, como ser humano que somos todos, erra dentro e fora do relacionamento.
Mesmo assim, amar e ser amado, alternativa ou cumulativamente, continuam figurando o ranking mundial de metas de vida.
Por que será?
Não sei.
Mas não troco a sensação de amor convicto pela garantia de que estas agruras do amor desapareçam.
Penso que amar defeitos ou, minimamente, suporta-los com afeto e paciência seja uma genuína expressão de amor verdadeiro. E é preciso amar para alcançar esse estágio, inclusive.
Rir das loucuras do parceiro, não por deboche, mas na tentativa de imprimir alguma leveza ao insano, talvez seja também alguma boa maneira de ser compassivo e amoroso com quem elegemos que mais merece compaixão e amor de nós.
Amar é muito difícil. Ser amado é alguma coisa tão árdua quanto.
Mas eu sigo confiando no ranking. E faço parte dos atingidores de metas mundiais.
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