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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Exagerada

Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar




Eu sou mesmo assim. 
É sempre a última vez. Tudo ou nada. Eu sinto como se fosse morrer se não fizer dar certo agora. Eu dou tudo de mim e mais um pouquinho. Preciso chorar, precisa doer. "Precisar" com essa conotação de não conseguir fazer diferente.
Fiquei um tempão chamando isso de intensidade. Até porque eu realmente não consigo não viver claricianamente e preferir viver raso, pela metade, sem pular de olhos fechados. E costuma ser muito bom. Mas tem dias, como esse, nos quais é uma grande chatice se sentir assim. Parece que, com certo tempo, já era pra eu ter sacado que ninguém vai morrer se não der certo. Exceto esses pequenos pedacinhos de mim que, precipitados do mais alto eu, destroçam-se na dureza fria do chão da casa do outro. 
Acabo de adicionar este título ao corpo do texto destinado a me qualificar porque penso que andei exagerando. Penso que andei agindo como se só houvesse um caminho, um sonho, um futuro, um certo. Penso que sempre penso que tudo é sempre sobre haver apenas um. 
Looser eu. 
Porque eu quero que seja, sabe? Quero, sim, que seja a última vez, o tudo, o viver como nunca antes quando a cada dia der mais certo. 
Eu não entendo porque fico tão ferida com estes pretensos golpes declaradamente não dolosos. Penso que por isso. Esse my bad que permeia a coisa toda. 
E agora um poema pra finalizar.

Ser foda-se eu não quero.
Viada demais também não quero ser. 
O jeito de resolver isso: cê me avisa.
Porque eu gostaria muito de saber. 

:)

Um comentário:

Eva Cidrack disse...

A gente continua se parecendo pra caramba...