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domingo, 17 de janeiro de 2016

Deus me proteja

de mim mesma. 

O mundo lá fora não é todo esse monstro. As tentações, as vielas, os obscuros, as rasteiras, os sobressaltos. Eles já não são tão vilões assim.
Como me ajudaram a concluir há alguns anos, em última análise, tudo se trata de mim comigo mesma. Oh. Que egocêntrica. Minhas decisões, respostas, reações, ações primárias. Sou sempre eu autorizando e abrindo portas para o que eu quero que se aproxime. E, bem, muito embora, a priori, não seja possível saber do que se trata determinada coisa, depois de uma certa linha, é inegável admitir o que se vê. Quando esse momento se realiza, permitir a presença de certas coisas é o que me chamam de tiro no pé. Autossabotagem com a mão do amiguinho!
Quero dizer, nós atraímos e depois permitimos tudo o que nos rodeia. Para depois ficarmos de mãos aos céus perguntando por que onde foi que eu errei que deslealdade não esperava jamais. É. Sendo que fomos nós. Nós a proferir o sim inaugural, responsável por desencadear a merda toda.
Então, chegaram esses dias nos quais, antes de dormir, eu não peço Deus afasta de mim todo o mal amém. Eu apenas toco no ombro do Cara e com algum sarcasmo honesto imploro que ele me ajude com o mais difícil: me proteger de mim.

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