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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Eu te amo - CBH

Eis o pedido.
Agora concedido.
E aquilo me inundou em uma emoção que eu não sabia que podia desaguar sobre mim. Não sei o que houve. Não pode ser sensibilidade a flor da pele. Foi simples o que pedi. Será que me remeteu a algo? A alguém? Eu não sei. E suponho que prefira não descobrir. Não nego a mim o que em algum milésimo da ocasião tomou meu pensamento. Eu não sei se devo. Mas o dever sempre foi tão miserável quando comparado ao desejo. Mas não! Não pode ser desejo. Foi só emoção. Foi só emoção. Eu preciso repetir, eu quero ouvir. Me obrigo a acreditar. Foi só emoção. Só mais uma besteira desse coração. Foi só emoção. Essa é a verdade. Se for mentira, não há perdão. Foi só emoção.
- Então agora cale o que sentimento.
- Que sentimento! Não existe sentimento, foi só emoção.
- Raios, será que dentre todas as pessoas desse mundo, só a ti mesma não consegue enganar? Agora respire e tome, novamente, para si o controle. Não há necessidade de mascarar-se, você sabe que não quer fingir. Não sabe se pode fingir. Pouco te importa o mundo. Se for pra fingir, vai fingir pra si. Ah, paremos com isso, vai. Por que se atordoar por tão pouco? Não perca tempo enlouquecendo a sós. Se deseja a loucura, vá causá-la em qualquer um na rua. Enlouquecer sozinha não vale à pena. A vida é um espetáculo cheio de peripécias que exige mais que platéia, intima público fiel.

- Foi-só-emo-ção.

- Faça-me novamente aquele favor: aja como se nenhum pensamento estivesse hesitando em perturbar e siga com a vida que quer viver sem pensar.



' Ah, se ao te conhecer
dei pra sonhar, fiz tantos desvarios.
Rompi com o mundo, queimei meus navios.
Me diz pra onde é que 'inda posso ir ♫ '

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