Páginas

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Mais uma lição

'Nem faço do meu presente uma espera do futuro'. Uma certa tia me falou isso numa conversa. Achei o máximo. Essa fala me deu beira para uma auto-avaliação. Que resultou numa, ligeira, sensação de hipocrisia. Daqueles hipócritas inconscientes, sabe? Veja bem. Eu prego e me valho do bom carpe diem, contudo pude constatar que em alguns momentos não há um real aproveitamento da minha parte. Cruamente, a verdade é que me vi fazendo do meu presente uma espera do futuro; e, convenhamos, isso não é mesmo aproveitar o dia. E essa reflexão foi mais além. Presumo que possua as caracteríscas essenciais pra exercer de forma ortodoxa meu carpe diem: eu aprecio ariscar e, de fato, não me arrependo de nada do que faço, nem que eu venha a ver o ato como a maior burrada da minha vida, eu não me arrependo. Acho o arrependimento desnecessário. Não dá pra mudar nada mesmo e você ainda toma lições de seus erros. Se arrepender pra quê? - Pra alcançar o perdão divino? Hum... er. Bom essa já é uma outra questão...
Saber arriscar e não se arrepender são dons que sinto em mim. E acho que era isso que me faltava. Ainda que eu não vivesse sob regras [e já fosse muito libertina], não tinha percebido que permitia que alguns dos meus mais profundos desejos limitassem a plenitude de outros. A vida é tão rara para ficar se impondo barreiras. Eu não vou viver fazendo do meu presente uma espera do futuro. A vida é agora, e 'é muito pra ser pouco'. Desejar que algo aconteça não precisa ser a tortura durante a espera.

CARPE DIEM.

Um comentário:

Eva Cidrack disse...

"Desejar que algo aconteça não precisa ser a tortura durante a espera"

...