Parece que o dia está acabando. Mas dentro da minha cabeça ele se inicia
de novo e mais uma vez a cada instante. Meus olhos guardaram lembranças
pra fazer de destino depois. E esse depois já é agora.
Saudade prematura. Dessas que precisam de banho de luz pra crescer e se manter com vida.
Lembro do horizonte à nossa frente, aos poucos, desvirginado pela manhã que nos recebia. Tão distante o céu, e perfeito como só o artificial acha fácil ser, que fazia pensar no infinito. E eu só sentia como se estivesse indo rumo ao infinito com você.
Saudade prematura. Dessas que precisam de banho de luz pra crescer e se manter com vida.
Lembro do horizonte à nossa frente, aos poucos, desvirginado pela manhã que nos recebia. Tão distante o céu, e perfeito como só o artificial acha fácil ser, que fazia pensar no infinito. E eu só sentia como se estivesse indo rumo ao infinito com você.
Mais um pouquinho,
os raios entrecortavam a penumbra da jovial manhã e lancinavam em cima
das pequenas folhas, filhas do outono, que se precipitavam na estrada
para nos reverenciar. Brilhavam as folhas e cintilavam o Sol. Que lá na
frente, ainda por de trás das montanhas, me fazia pensar no infinito.
Parece-me ser mais fácil pensar que é o infinito quando para além do que
os olhos veem só há o que os olhos não sabem. Mas. É só de parecer.
Porque o Sol nasceu todo, cruzou o céu, várias vezes. Se pôs, renasceu,
você foi minha e eu me dei. E foi como um suspiro! De repente, tinha
sido um vento que soprou meu rosto.
A brisa que deu, de tão leve, acalmou
meu anseio de atracar em você. Então, eu baixei minhas velas e
permaneci. Mas o infinito era só uma miragem. A miragem do oásis que é
ter você pra mim. De tão bom o tempo se insurge. E segue dando as voltas de quem
não vai retroceder. Descobri que não era o infinito. Era a iminente
promessa em constante cumprimento de um futuro presente com você.