Bem vinda, então.
Agora você está aqui dentro.
Está em mim, comigo, onde vou e quando fico. De formas e jeitos tantos que talvez não seja possível contar. E nem numerar.
Mas é importante que você saiba. O lance aquariano das coisas. Saber.
Quero te contar o que você já sabe. Que está andando por aqui. Andando, risos. Cê corre, cê pula, pega impulso lá de atrás e vem escorregando de meias.
Ali do sofá, eu fico lendo minha revista enquanto te olho pelo canto dos olhos. Acho que no fundo estou torcendo pra você se desequilibrar e cair em cima de mim.
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Deixa eu bagunçar você?
A gente fica mordido, não fica?
Dente, lábio, teu jeito de olhar
Me lembro do beijo em teu pescoço
Do meu toque grosso, com medo de te transpassar
A gente fica mordido, não fica?
Dente, lábio, teu jeito de olhar
Me lembro do beijo em teu pescoço
Do meu toque grosso, com medo de te transpassar
A gente fica mordido, não fica?
Dente, lábio, teu jeito de olhar
Me lembro do beijo em teu pescoço
Do meu toque grosso, com medo de te transpassar
Peguei até o que era mais normal de nós
E coube tudo na malinha de mão do meu coração
Peguei até o que era mais normal de nós
E coube tudo na malinha de mão do meu coração
A gente fica mordido, não fica?
Dente, lábio, teu jeito de olhar
Me lembro do beijo em teu pescoço
Do meu toque grosso, com medo de te transpassar
A gente fica mordido, não fica?
Dente, lábio, teu jeito de olhar
Me lembro do beijo em teu pescoço
Do meu toque grosso, com medo de te transpassar
Peguei até o que era mais normal de nós
E coube tudo na malinha de mão do meu coração
Peguei até o que era mais normal de nós
E coube tudo na malinha de mão do meu coração
Deixa eu bagunçar você, deixa eu bagunçar você
Deixa eu bagunçar você, deixa eu bagunçar você
A gente fica mordido, não fica?
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Ruas e calçadas
Ando pelo
Rio.
– É. Rio de
Janeiro –
Sorrateira e
repentinamente: você está ali.
Atravesso
ruas pensando em você.
Pareço
cabisbaixa quando caminho calçadas pensando em você.
Do
sofá-cama do apartamento de tamanho suficiente pra você estar fazendo falta, te
desejo silenciosamente a ponto de nem eu mesma me escutar.
O
som que evade das cordas do violinista no parque só não te suplica mais que as palavras que
eu não disse.
Eis que
quando te vejo: tudo explode.
Desmancho em
alguns pedaços. E meu repouso é sobre você.
Descanso
da distância, dos duros e frios quilômetros cinzas que jamais me permitiriam te
materializar nas ruas e calçadas do Rio.
Quando me dou
por mim, estou engolindo você pela respiração.
Numa
sofreguidão tão profunda e aparentemente desarrazoada que, bem, só me resta
averiguar a quantas bate meu coração.
Como te
desejo.
Como te amo.
Parece até.
Que.
Em mim só há você.
Sua presença
de repente acerta tudo.
E me faz rir
e gargalhar como se houvesse ali o que de melhor existe para o deleite.
Pois bem.
Parece-me muito que há.
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