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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Obrigatoriedade.


Eu detesto impossibilidades. Me dá náuseas só de pensar em cada coisa que eu não posso fazer. Passo pior ainda quando penso nas coisas que eu deixo de fazer pelos outros. Eu fico muito puta da vida ou fico me sentindo um nada maior que a população da China; E olha só, ser um nada grande não é bom. Ter que sair por ai arrastando seu vazio, sua inutilidade... Incomoda, sabe? Ai, esse mundo frustra a gente. Eu sei que eu já devia ter me acostumado. Mas é aquela minha mania idiota de esperança. ‘Esperança nas pessoas, esperança naquilo outro, blá blá blá’. Eu mesma já não me agüento mais. E tem uma coisa que me abate mais do que não conseguir fazer algo; é quando eu devo deixar de fazer algo. Quando há uma força maior, não-divina, que cria uma necessidade de desistência. E como eu odeio desistir! Acontece que chegamos a um ponto em que a desistência não traz a dor maior... Em que a desistência se fez saída, se fez solução. Eu vejo que é certo abrir meus olhos agora, retirar esse véu de ilusão. E vejo que tudo isso é necessário já que eu estou enjoada de sofrer. Só a palavra sofrer já embrulha meu estômago, e olha que meu estômago é forte...
Juro que nunca quis ser uma dor como àquelas que eu já quis tanto curar de você; mas se eu insistir em seguir com isso, me tornarei uma dor ainda maior. E de grandezas negativas, já me basta o meu vazio.


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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

É cedo ou tαrde demαis prα dizer αdeus [...]



Blog abandonado? Engano seu, é que nas férias eu não gozo de muitos momentos de ócio para produzir.
Eu deveria ter feito uma resenha mental sobre 2OO8 para refletir e transcrever aqui, mas eu realmente não tive tempo. Confesso que 2OO8 foi surpreendente e decisivo – como eu profetizei que seria. Entretanto, por mais decisivo que tenha sido, não posso afirmar que tomei todas as decisões que deveria ter tomado. Ainda assim, é um prazer contar que tive momentos inesquecíveis e deveras marcantes, bons e nem tão bons assim. Fico pensando como pode acontecer tanta coisa em um ano só. E passou tão rápido...
Minha maior felicidade é pelas coisas que encontrei, isto é, pelas pessoas que se acrescentaram na minha vida. Isso sim me enche de alegria. Essas pessoas novas aliadas às que já estavam comigo fizeram do ano de 2OO8 o ano que eu quis que fosse. E houve perdas. Mas o que eu ganhei me traz felicidade até agora, enquanto o que perdi já passou. Tenho que agradecer ao Destino por ter conspirado tantas vezes. Os rolês de 2OO8 foram marcados por uma favorecida descarada do Destino. Quantas vezes tudo já esteve por um fio de ser descoberto quando então o destino nos refreou e guardou somente conosco os nossos segredos?
- Destino, obrigada.
O Acaso então arrasou, efetivamente. Penso que se não fosse por ações tão desintencionadas eu ainda não teria encontrado pedaços que precisava encontrar. E falando em encontrar, eu presumo que encontrei meu mundo... Me sinto tão à vontade.
2OO8, ano de emoções, tão distintas, misturadas. Não dispensaria nada do que aconteceu em 2OO8. É meio tarde pra dizer adeus e obrigada, mas antes tarde do que nunca.
- Adeus, e obrigada.

Quanto à 2OO9, confesso que estou um pouco insegura, mas creio que isso se deva a intensidade com que quero algumas coisas para esse ano. Quando é que eu vou escolher o curso da minha faculdade? Como é que vai ser o meu TAC? Será que não vou me foder tanto em matemática quanto pressuponho? Eu vou mesmo ter que esperar até a viagem de formatura? Entre outros.
Acho que alguns pontos finalmente irão encontrar seus is. Veremos.
Muita coisa vai acontecer, eu sei. Mas, sinceramente, estou sem pretensões absurdas. Meu mais intenso desejo pra esse ano é viver, o resto eu posso garantir que é conseqüência.

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